terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ouvido-penico



em baixo do meu ouvido-penico
ouço vozes ignorantes
gritando versos indefinidos
cantando músicas incessantes


em baixo do meu ouvido-penico
sinto carrapatos iludidos
bebendo o álcool inesgotável
sugando meu sangue enfurecido

em baixo do meu ouvido-penico
vejo vultos irreconhecíveis
pintando meu ouvido-penico
com tintas marcantes invisíveis


Silvio Prado

Um comentário:

  1. Esta poesia me fez pensar em como as pessoas falam e falam, e muitas vezes nem pensam direito o qto falam. É necessário um certo equilíbrio entre falar em ouvir nos dias de hj.

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